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FEIRA DE DESENHISTAS RENDE BONS FRUTOS AO MERCADO DE IDÉIAS NA ILHA


     
No  último fim de semana em São Luís, enquanto o céus mandavam chuva e a terra se perdia na folia, o circuito cultural foi marcado por uma reunião de artistas visuais que realizaram pela 5ª vez na cidade, a Feira de Desenhistas. Nesta edição, a Feira aconteceu na Casa do Maranhão ( Centro Histórico ) que abrigou o evento que vem se consolidando como um panorama da produção de artes visuais na Grande Ilha.

      Além de aquecer a chamada economia criativa, a Feira tem se mostrado como um grande encontro entre artistas, que trocam energias e ideias com a afinidade de se expressarem, principalmente, através do desenho e/ou da pintura.

     Traduzindo suas experiências aplicadas em um diversificado mundo de técnicas e estilos para conceber  suas obras de arte reproduzidas a baixo custo pelo desenhista e deixando o preço acessível ao consumidor de toda classe.  

      Através da Feira, os Desenhistas tem a oportunidade de expor e vender suas criações originais, seja em suas peças autênticas ou em múltiplas espécies de papel, derivados ou similares de madeira, louça, tecidos ou qualquer suporte em que seja possível se adaptar a um produto, transformando-as em um artesanato desejável.

      Tendo como valor agregado, a interatividade com um seleto público que aprecia e valoriza o trabalho desses artesãos da imagem, a 5ª  Feira de Desenhistas nos deu a chance de registrar  aqui depoimentos de 5 participantes desse evento que, por sua essência, vai continuar a nos inspirar ao longo de todo o ano.

      A Feira também promoveu oficinas temáticas, como a de Graffiti de Edie Bruzaca, que contou  sua experiência de 18 anos pintando sua arte nos muros das ruas de São Luís e do Brasil, compartilhando um pouco de sua estrada pessoal,  delimitou o assunto da oficina ao  WildStyle (Estilo Selvagem), onde as letras são distorcidas e entrelaçadas a ponto de ficar indecifrável. 
Ele também tratou do histórico da evolução do Graffiti, que muito provavelmente surgiu a partir do pixo, depois com a TAG (assinatura mais simples do grafiteiro) e veio posteriormente incorporando personagens, cenários e outros elementos visuais, absorvendo outras expressões que se adaptaram ao Wildstyle esse tipo de estilo, que Bruzaca considera um dos mais difíceis do Graffiti.


      Wagner Elias foi outro oficineiro da 5ª Feira de Desenhistas que nos relatou um parecer positivo com a sua oficina de Mangá. Ele classificou como muito produtiva a experiência de ministrar sobre o tipo de desenho que optou para se expressar, ressaltando que a evolução do talento, depende de cada um para alcançar o que sonha, acreditando ter encontrado verdadeiros potenciais dispostos a tanto.

      Marcos Caldas, artista veterano ilustrador e quadrinista da Terra das Palmeiras,  participou desde a 1ª Feira e outros encontros similares, nos concedeu um relato sobre o cenário do quadrinho nacional, destacando que eventos como esse, inclusive focados em quadrinhos, já são  tão comuns em cidades médias e pequenas da Europa, também começam a ganhar força pelos  cantos do Brasil e que certamente isso tem a possibilidade de acontecer aqui, pois a cena atual do mercado de quadrinhos no país, tem favorecido a produção de todos os tipos de temas e vertentes pra públicos variados, e mesmo com problemas crônicos como a distribuição, o acesso a obra comprada direto do autor, com baixas tiragens, tem sido o caminho alternativo viável, além dos eventos. 

   
  A professora Rafilza Aranha tem incentivado a produção de arte junto a seus alunos, desde a faculdade, com a oportunidade de participar da Feira pela 1ª vez, sentiu-se muito realizada enquanto artista. Descreveu o envolvimento e contato com o público, bem como o reconhecimento das pessoas pelo seu trabalho, como muito gratificante e de que não viu no seu empenho em produzir as peças, uma tarefa árdua, mas sim, muito prazerosa e divertida como uma brincadeira, registrando com alegria a sua participação.

      Um outro jovem artista amador chamado Hudson Sousa, 23 anos, estudante de Filosofia da UFMA, tenta conciliar sua vida acadêmica com sua produção de arte se inspira em filmes, livros, poesias e produções artísticas da música da cultura pop para realizar suas peças. Entende que o desenho é sua forma preferida de se expressar que a iniciativa da Feira é muito boa na cidade por que possibilita intercâmbio com outros artistas. Com a feira, encontrou o incentivo necessário para se manter produzindo.

      E para aqueles que desejam participar da próxima Feira, o coordenador Waldeir Brito, explicou que as inscrições são feitas basicamente um mês antes do evento, divulgadas na web em redes sociais, mas especificamente, o aviso oficial é pelo instagram, onde o artista encontra o link para preencher o formulário, oficializando sua inscrição com seus dados e fotos de seu trabalho. A previsão é que o próximo evento volte a acontecer no Multicenter Sebrae e a expectativa é de que 50 a 60 artistas participem da próxima Feira de Desenhistas.



Link para contemplar os frutos da Feira no instagram:











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